Há uma ideia de um espaço em construção / desconstrução. Neste movimento há uma procura de instalação que se grava para depois se apagar, que se acumula para começar a ruir, como necessidade intrínseca de renovação, de testar limites. A paisagem que os corpos criam convive, ora por concordância, ora por discordância, com as frases (marcas) que se vão registando nas paredes. Como um poema em composição que se testa no momento. É o quarto (espaço íntimo, no qual confessamos coisas a nós próprios, como se escrevê-las e olhá-las todos os dias fosse uma forma de as desvendar...), mas também é, ao mesmo tempo, a rua com os seus muros, bancos de jardim e portas de casa de banho (espaço público, no qual escrevemos coisas em forma de grito ou desabafo dirigidas a todos e a ninguém, devotadas ao anonimato, como que à procura de encontrar ecos em qualquer transeunte que se cruze com estas palavras).
Anónimo |
Banksy
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Banksy - escrito no muro que separa Israel da Palestina.
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Ana Gil & Nuno Leão
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